
O fato, que causa extrema perplexidade àqueles que dele tomam conhecimento, também levanta diversas discussões. O que motivou o jovem a cometer tal atrocidade? Como ele teve acesso à arma de fogo? Os vizinhos não perceberam nenhum comportamente estranho? Questões como essas, por ora sem respostas, não colocarão fim à dor de familiares e amigos que perderam seus entes queridos. Entretanto poderão ao menos originar medidas que minimizem as chances de que um episódio como o de Realengo volte a acontecer.
De uma vez por todas, temos que prestar atenção! Não apenas as autoridades, mas a sociedade como um todo tem o dever de refletir sobre a educação e os exemplos que são dados a seus filhos.
O autor do crime, que prefiro não citar o nome (porque não faz diferença), certamente não teve pai, mãe, avó e nem mesmo um tio que lhe desse afeto, carinho ou conforto. Faltou-lhe orientação, educação e atenção. É tão vítima quanto todos aqueles de quem tirou a vida. Não tinha noção do que estava fazendo. Somente alguém doente, transtornado e sem qualquer sentimento de remorso seria capaz de cometer com tanta frieza o assassinato não só dos alunos, mas de todos os familiares e amigos que morreram juntos com os brasileirinhos do Rio de Janeiro.