quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tiros em Realengo

O Brasil está em choque. Nesta quinta-feira pela manhã, o bairro Realengo, na zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, foi palco de uma tragédia sem precedentes. Um massacre inexplicável. 12 crianças mortas, outras 12 feridas. De forma premeditada, um rapaz de 24 anos entrou na escola municipal Tasso da Silveira, da qual era ex-aluno, e atirou contra meninas e meninos que estavam assistindo aula.

O fato, que causa extrema perplexidade àqueles que dele tomam conhecimento, também levanta diversas discussões. O que motivou o jovem a cometer tal atrocidade? Como ele teve acesso à arma de fogo? Os vizinhos não perceberam nenhum comportamente estranho? Questões como essas, por ora sem respostas, não colocarão fim à dor de familiares e amigos que perderam seus entes queridos. Entretanto poderão ao menos originar medidas que minimizem as chances de que um episódio como o de Realengo volte a acontecer.

De uma vez por todas, temos que prestar atenção! Não apenas as autoridades, mas a sociedade como um todo tem o dever de refletir sobre a educação e os exemplos que são dados a seus filhos.

O autor do crime, que prefiro não citar o nome (porque não faz diferença), certamente não teve pai, mãe, avó e nem mesmo um tio que lhe desse afeto, carinho ou conforto. Faltou-lhe orientação, educação e atenção. É tão vítima quanto todos aqueles de quem tirou a vida. Não tinha noção do que estava fazendo. Somente alguém doente, transtornado e sem qualquer sentimento de remorso seria capaz de cometer com tanta frieza o assassinato não só dos alunos, mas de todos os familiares e amigos que morreram juntos com os brasileirinhos do Rio de Janeiro.